DOENÇAS DA ROMÃ

Hospedeiro: Romã (Punica granatum)

Relevância: A romã é uma frutífera cultivada em vários continentes. Tem sido usada empiricamente na medicina tradicional, para o tratamento de doenças gastrointestinais e doenças parasitárias. Com propriedades antioxidantes (CHADLI et al., 2015) apresenta grande importância econômica. A cercosporiose-da-romã é uma das principais doenças da cultura, causa manchas foliares, intensa desfolha e abortamento de frutos.

Agente etiológico: Pseudocercospora punicae (Henn.) Deighton (1976).

Distribuição: Cosmopolita.

Sintomas: Manchas pretas irregulares que podem coalescer e evoluem para lesões deprimidas nas folhas, causando queda foliar, os mesmos sintomas tambem estão presentes nas flores, causando queda, assim como nos frutos.

Morfologia do fungo: Este fungo é um teleomorfo que apresenta conídios de coloração levemente marron, medindo 54.23 × 2.46 µm, retos ou levemente curvados, multisseptados. Apresenta estromata (4-40 fascículos), micélio septado, levemente hialino a marrom (PHENGSINTHAM et al., 2011). Seus conidíóforos são cilíndricos, septados e tambem de coloração que pode variar de hialina a marrom (CHUPP, 1954).

Controle:

Não químico: Utilização de cultivares resistentes, rotação de culturas com no mínimo 3 anos de intervalo para redução do inóculo na área de plantio.

Químico: Produto registrado: Tenaz 250 SC, cujo ingrediente ativo é o flutriafol e é registrado para a cultura (MAPA – http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons).

Fig. 1. Flor de P. granatum e folhas apresentando lesões escuras irregulares em sua superfície.
Fig. 2. Folha de romã com sintomas de cercoporiose com manchas coalescidas e ramo apresentando desfolha.
Fig. 3. Fruto de romã com lesões escuras e deprimidas.
Fig. 4. Estromas de Pseudocercospora punicae com múltiplos conidióforos.
Fig. 5. Conídios septados de P. punicae.

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