DOENÇAS DO GERÂNIO
FERRUGEM
Hospedeiro: Gerânio zonal ou Pelargonium(Pelargonium hortorum L. H. Bailey) – Híbrido de P. zonale Willd e P. inquinans (L) L’Hér.
Relevância: A doença ocasiona a deformação e queda prematura de folhas, prejudicando a produção comercial de flores do gerânio.
Agente etiológico: Puccinia pelargonii-zonalis Doidge(1926) (Filo Basidiomycota; Classe Pucciniomycetes).
Distribuição: Ampla destruição geográfica, ocorrendo em países da África, Australásia e Oceania, Europa, América do Norte e América do Sul.
Sintomas/Sinais: Manchas cloróticas na face superior das folhas, as quais correspondem na face inferior a pústulas de aspecto pulverulento e coloração marrom, algumas vezes, dispostas em círculos concêntricos.
Morfologia do fungo: Uredósporos ovalados ou subglobosos, de coloração amarelo-acastanhado (21-28,5 x 19-21,5 µm), episporo fino, delicadamente equinulado, com 1,5-2 mm de espessura, um pouco mais grosso na base, apresentado dois poros equatoriais pequenos. Teliósporos raros, misturados com uredósporos, elipsoides ou clavados, marrom claro, a célula superior mais escura que a inferior, arredondada ou raramente subaguda no ápice, ligeiramente arredondada ou raramente atenuada na base, levemente restrita no septo, medindo36-50 x 16-23,5 μm; episporo liso, 3 μm de espessura na parte superior da célula e muito pouco espessado (até 5 μm) no ápice, 1-2 μm de espessura na célula inferior; poros germinativos apicais e logo abaixo do septo; pedicelo hialino, persistente, bastante curto, com até 40 x 6,5 μm (Sivanesan, 1968).
Observações: Outras ferrugens registradas em Pelargonium são Puccinia granularis Kalchbr. & Cooke, que tem um episporo mais espesso no uredósporo (3-3 Â5 μm de espessura), écio hipófilo e teliósporos maiores (43-80 x 20-23,5 μm) e P. morrisonii McAlpine, que tem écio anfígeno e teliósporos com 33-64 x 19-25 μm.
Controle: sugere-se a redução da umidade nas plantas, irrigando-as sem molhar a folhagem, tratamento térmico de rebentos; escolha de plantas matrizes sadias, poda e destruição de partes doentes. Não há produtos químicos registrados no Brasil.
Referências
Doidge EM, 1926. A preliminary study of the South African rust fungi. Bothalia 2, 1-228.
Sivanesan A, 1968. Puccinia pelargonii-zonalis. CMI Descriptions of Pathogenic Fungi and Bacteria No. 266. Wallingford, UK: CAB International.
International Mycological Association (IMA). 2016. Disponível em: http://www.mycobank.org/Biolomics.aspx?Table=Mycobank&MycoBankNr_=273824


