DOENÇAS DO PIMENTÃO

ANTRACNOSE

Hospedeiro: PIMENTÃO, Capsicum annuum L.

Relevância: A antracnose é uma doença de grande importância na cultura do pimentão, pois ataca diretamente os frutos depreciando o seu valor comercial e levando a perdas severas na produção. Pelo menos cinco espécies de Colletotrichum atacam a cultura do pimentão no Brasil, são eles o: Colletotrichum acutatum, C. boninense, C. capsici, C. coccodes e C. gloeosporioides, sendo o C. acutatum o mais comum (TOZZE JÚNIOR, 2007).

Agente etiológico: Colletotrichum spp.

Distribuição: Cosmopolita – distribuída por todos os países onde se cultiva pimentão (BLACK et al., 1991). No Brasil está presente em todas as regiões produtoras da cultura do pimentão, sendo encontrada desde o Rio Grande do Sul ao Nordeste do país (SALGADO & TOKESHI, 1980 apud TOZZE JÚNIOR, 2007)

Sintomas: Os sintomas nos frutos aparecem inicialmente como lesões encharcadas que se expandem e podem atingir diâmetros variados; são essas lesões arredondadas e deprimidas com interior acinzentado, bordas definidas e círculos concêntricos, que com o passar do tempo formam massas de esporos de coloração do alaranjado ao rosáceo (AGROFIT, 2018; BLACK et al., 1991). Apesar dos sintomas serem mais frequente nos frutos eles também podem aparecer nas hastes formando lesões estriadas e escuras, e nas folhas na forma de machas necróticas marrons, secas e irregulares, sem um aspecto característico (AGROFIT, 2018).

Morfologia do fungo: Se caracteriza por apresentar produção de conídios ovóides em massa alaranjada ou rosácea em estruturas acervulares, com presença ou não de setas.

Observações: A diferenciação morfológica das várias espécies de Colletotrichum tem se dado por meio da diferença do tamanho e formato dos seus conídios além do formato do apressório (SUTTON, 1992 apud TOZZE JÚNIOR, 2006).

Fase teleomórfica: Glomerella sp.

Controle:

Não químico: utilizar sementes livres do patógeno, ter cuidado para que os plantios não fiquem adensados, evitar irrigação por aspersão, sendo mais indicado por gotejo ou infiltração para diminuir a dispersão da doença, fazer rotação com culturas não-hospedeiras por pelo menos um ano, e após a colheita os restos culturais devem ser retirados da área e devidamente eliminados (AGROFIT 2018).

Químico: no Brasil encontram-se registrados muitos fungicidas para a espécie C. gloeosporioides, mas para as demais espécies temos poucos produtos registrados, conforme pode-se verificar no Agrofit (http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons).

Referências importantes:

Agrofit – Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: <http://agrofit.agricultura. gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acessado em: 19.05.18.

Black, L.L.; Green, S.K.; Hartman, G.L.; Poulos, J.M. Pepper Diseases: A Field Guide. Asian Vegetable Research and Development Center, AVRDC. publication no. 91-347, 98 pp. 1991.

MycoBank. Disponível em < http://www.mycobank.org/Biolomics.aspx?Table=Mycobank&Rec= 4096&Fields=All. Acessado em: 19.05.18.

Tozze Jr., H.J.; Mello, M.B.A.; Massola Jr., N.S. Caracterização morfológica e fisiológica de isolados de Colletotrichum sp. causadores de antracnose em solanáceas. Summa Phytopathologica, v. 32, n. 1, p. 71-79, 2006.

Tozze Júnior, H.J. Caracterização e identificação de espécies de Colletotrichum associadas à antracnose do pimentão (Capsicum annuum) no Brasil. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Piracicaba. 2007.

Tozze Júnior, H.J. Caracterização e identificação de espécies de Colletotrichum associadas à antracnose do pimentão (Capsicum annuum) no Brasil. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Piracicaba. 2007.

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