DOENÇAS DO TRIGO
BRUSONE
Hospedeiro: Trigo- Triticum sativum L.
Relevância: A brusone é uma das principais doenças da espiga de trigo, sua importância para a cultura é devido a sua interferência na qualidade dos grãos, deste modo causando prejuízos tanto na colheita quanto no beneficiamento (LIMA, 2004).
Agente etiológico: Magnaporthe oryzae B. C. Couch, Mycologia 94 (4): 692 (2002) [MB#484668]
Sinônimos:
1. Dactylaria oryzae (Cavara) Sawada, Special Bulletin Agricultural Experiment Station Formosa: 59 (1917) [MB#100582]
2. Pyricularia oryzae Cavara, Fungi Longobardiae exsiccati sive Mycetum specimina in Longobardia collecta, exsiccata et speciebus novis vel criticis, iconibus illustrata Pug. I: no. 49 (1891) [MB#224486]
3. Pyricularia setariae Y. Nisik., J. Jap. Bot.: 329 (1927) [MB#121399]
Distribuição: América do Sul
Sintomas: Os sintomas podem ocorrer nas folhas, colmos, bainhas e espigas. Forma-se lesões nas folhas com formato elíptico de cloração castanha no centro e cinza escuro nas bordas. Conforme o decorrer do tempo a lesão se torna esbranquiçada com margem castanho avermelhada. Na espiga ocorre o principal dano, branqueamento parcial que podem apresentar escurecimento na base e no pedúnculo. A disseminação dos conídios ocorre pelo vento, seguidamente têm-se a pré-penetração. Após a sua fixação no hospedeiro, ocorre a germinação dos conídios formando o tubo germinativo que se diferenciará formando o apressório, que vai penetrar na epiderme da folha do hospedeiro formando as hifas (Defesa vegetal, 2018).
Morfologia do fungo: A forma telemórfica foi relatada somente em laboratório. Já na forma anamórfica os conídios possuem formato piriformes obclavado, arredondados na – base e estreitando-se no ápice, hialinos, lisos, septados com hilum protuberante. As dimensões variam de 17-28 µm x 6-9 µm de comprimento e largura. Podendo formar de 1 a 20 conidióforos que podem ser simples ou agrupados, retos ou sinuosos de cloração pardo-clara e lisos. M. oryzae foi o primeiro fungo de planta que teve seu genoma sequenciado e publicado ajudando no desenvolvimento de marcadores microssatélites (Mycobank, 2018; Liu et al., 2010).
Sequência do Genbank: DI373606, HW648891.
Controle:
Não químico: Manejo integrado de Pragas que requer combinação da resistência genética, controle químico e práticas culturais.
Químico: São indicados 41 produtos para o controle da doença, nos quais os princípios ativos destes produtos são: tebuconazo, iprodina, mancozebe, fluazinam, azoxistrobina e carboxina. Para maiores informações acessar o link: <http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/!ap_praga_detalhe_cons?p_id_cultura_praga=4734>
Referências importantes:
Agrofit. Disponivel em: <http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/!ap_praga_detalhe_cons?p_id_cultura_praga=4734> Acesso em: 20 de jun. 2018.
Liu, J.; Wang, X.; Mitchell, T.; Hu, Y.; Liu, X.; Dai, L.; WANG, G. L. Recent progress and understanding of the molecular mechanisms of the rice–Magnaporthe oryzae interaction. Molecular plant pathology, v. 11, n. 3, p. 419-427, 2010
Maria Imaculada Pontes Moreira Lima. Giberela ou Brusone?. Documentos, Embrapa, n°40, 2004.
Mycobank. Disponivel em: <http://www.mycobank.org/BioloMICSDetails.aspx?Rec=213668 > Acesso em: 10 de mai. 2018.
Defesa vegetal. Disponivel em: < http://www.defesavegetal.net/pyrior > Acesso em:18 de jun. 2018.

